terça-feira, 17 de julho de 2007

Angelique du Coudray (parte 2)

Agora, retrato a visão do Raphaël da situação. Será assim esse capitulo, primeiro Angelique, depois Raphaël.

Quando finalmente deixei Berlim, rumei para Paris. A França apesar de destruída, estava alegre comemorando a vitória. A cidade em si não fora destruída como o resto do país, hoje em dia alguns historiadores chamam isso de uma vaidade de Hitler, e talvez fosse mesmo. Não importava, lá seria meu novo lar.
Gostaria que entendessem uma coisa, não nutro raiva por franceses ou por russos muito menos americanos – apesar de não gostar muito do tipo arrogantes -, não vejo diferenças entre povos ou nações, e caso visse seria que nem os nazistas, não seria? O que os americanos fazem hoje impondo sua superioridade? É engraçado pensar isso, eles fazem o mesmo de forma indireta, acho ridículo eles recriminarem Hitler e os alemães por terem tido coragem de defender o que acreditavam, ao contrário deles que ficam por baixo dos panos. Eles usaram cidades como cobaia para bombas, isso é saudável? Não estou falando que estávamos certo, porque realmente eu não acredito nisso. Nada vale uma vida. Mas também me irrita o que esse país de merda fez, e como golpe acabou fazendo Jerusalém. Bem, não estou aqui para discutir história de guerra, ou criticar o Tio Sam. Como ia dizendo, uma nacionalidade, cidadania não faz o homem. Ele trilha seu caminho por si mesmo. Tenho raiva dos soldados daquele batalhão que matou minha família, isso sim. Mas como ter ódio de uma criança que nem estava viva quando todo aquele martírio aconteceu? Ou um homem que viveu há 200 anos atrás? Não tem lógica, não é?
Quando me destinei a ir para Paris, não tinha noção do que esperar, estava desiludido com o mundo dos homens. Comprei uma grande propriedade no centro da cidade, os vampiros têm um poder de persuasão incrível, consegui comprar essa mansão em pleno centro por quase nada. Devo confessar que usei muitas e muitas vezes esse dom que ganhei.
A minha vida nas primeiras noites foram bem agitadas, de fato. Em pouco tempo fazia parte da sociedade, e ninguém me odiava por ser alemão, o que era um bom começo. Mas não gosto de mentiras, mas naqueles tempos era necessário. Meu pai havia me enviado para estudar em lugar bem distante, e quando voltei minha família havia sido morta, e essa era a minha história. Ninguém podia condenar um estudante, podia?
Então, quando uma família bem influente na cidade acabou por me convidar para uma festa, e eu aceitei.
A festa tinha todos do socialite... Empresários novos, velhos. Grandes famílias, nobres. As mocinhas que andavam para cá e para lá me rodeado, observavam meus gestos, meu corpo, meu rosto. O que realmente estava começando a me irritar... Nunca gostei de muitas pessoas encima de mim. Eram realmente meninas lindas, até que me sentei para conversar com uma...
Conversamos sobre banalidades, e de como ela esperava se casar e ter filhos um dia. Era uma menina bem novinha, devia ter oito anos, acho. Era loira e tinha um sorriso encantador, as mãos eram pequeninhas e tentaram segurar as minhas. Ela me olhou com aqueles olhos imensos e pediu que quando ela crescesse para que eu me casasse com ela. Sorri, e disse que quando ela crescesse, eu voltaria. Bem, e eu não estava mentido.
Uns anos mais para frente, acabei reencontrando-a em uma festa, estava sozinha na frente da fonte do salão, remoendo dentro de si como era diferente de suas irmãs e como se sentia mal por isso, apesar de não admitir. Era orgulhosa demais para isso. Nem percebeu minha aproximação, estava tão presa em seus sentimentos sombrios que acabou ficando distraída.
- Meu nome é Raphaël, reparei em você sozinha aqui. Você está bem, honig?
Talvez ela fosse me fuzilar a qualquer momento, era muito amargurada. Ela tinha uma mente muito aberta, era fácil de ler.
- Você acha mesmo meu olhar sedutor? Sua face demonstrava medo e logo voltou a ficar séria.- Como sabe que acho seu olhar sedutor?-
Eu? Eu leio pensamentos minha querida – Apenas sorria para ela – Estou brincando, a maioria das pessoas acham isso, apenas concluí que você também pensasse assim.
- Me ofendi ouvir que o senhor me acha como a maioria das pessoas, mas se o senhor me acha como a “maioria das pessoas” vá conversa com as pessoas lá dentro, as quais vivem de aparência, talvez não tenho cérebro o suficiente para perceber a profundidade de suas palavras, meu caro. Deixei-me em paz com meus temores e meus pensamentos melancólicos.
Ela era muito... Estou tentando procurar a palavra certa ainda, rabugenta. Era uma pessoa difícil para conversar, e de fato, ninguém gostava de chegar perto dela.
- Desculpe se a ofendi, honig, não era minha intenção – esperei alguns segundos -, mais por que tem temores e pensamentos melancólicos?
- Isso não vêem ao caso, creio eu, que o senhor não está aqui para isso, não é? O que deseja?
- A festa está relativamente cansativa – um sorriso travesso surgiu em minha face -; estava atrás de uma companhia mais interessante, além de tudo aquelas mulheres vulgares estavam me irritando – apontei para cinco mulheres que estavam na porta nos fitando com curiosidade – A senhorita as conhece?
E é claro que conhecia, e também as odiava.
- Infelizmente – respondeu -, são minhas primas e minhas irmãs.
- Desculpe, não quis ofender - lhe.
- Não ofendeu, também não as suporto. Tenho asco por cada uma. Quando estou com elas, é como se me sentisse sozinha, ninguém está lá, são apenas corpos.
- É claro. – concordei não querendo persistir nesse assunto.
Agora ela divagava, e pensava sobre a família dela. De como se sentia superior a todas aquelas meninas na porta.
- O que lhe disseram? ‘Que o senhor é belo, e tem um belo porte?’
- Isso, e perguntaram de que família eu vinha, mais acho que isso não vem ao caso.... Importa-se se eu as provocar?
Ela não entendeu do que eu falava, até que poucos segundos depois eu a beijei como ela nunca havia sonhado. Ela não se lembrava de quem eu era, e qual fora o seu pedido há 6 anos atrás, mas logo a faria se lembrar.
Então decidi sair daquela festa, estava me deixando constrangido tantas pessoas me olharem, nunca gostei desse assédio todo. Rumamos para minha casa, ela ficara encantada com tudo nela. Era de se esperar, a casa era magnífica mesmo...

2 comentários:

Anônimo disse...

humm...
Não tem o que falar meu...

só que tah ótima a história, o blog... *-*

E q eu sô sua fãn...
\o/

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

bjos.

Anônimo disse...

eu acredito em tudo o que dissest!!
gostava de falar consigo...
adicione me por favor!! o meu mail e::
- diogosimoes94@hotmail.com

É um prazer, Desconhecido.

Não irei falar quem eu sou tão rapidamente, e acredito que talvez só quando
eu terminar a obra de Raphaël, possivelmente eu me apresente, mas ainda não é
algo certo.

Raphaël é um personagem originalmente criado por mim mesmo há
uns anos atrás, foi uma história que eu comecei a escrever como hob, mas devo
confessar que me apaixonei por ela de modo inesperado.

Espero que gostem de minha história.

30/07/07

Raphaël Vigèe-Lebrun;

Ertränkt