terça-feira, 19 de junho de 2007

Quem é Raphaël Vigée-Lebrun?



Bem, irei seguir um conselho que recebi agora a pouco. Vou reescrever toda a história de Raphaël com detalhes, aqui está a apresentação dele do Orkut e de Fóruns de RPG.Mas... Não posso prometer que isso levará tempo, e só escreverei quando estiver inspirado.


- Como Deus pode justificar o sofrimento de uma criança? - Fiódor Dostoiévski
Falaram-me que deveria pronunciar algo sobre minha pessoa, e aqui estou. Mas devo alertá-lo que não será muito interessante, enfim... Antes do meu nascimento, minha família tinha grande riqueza e tinha sangue azul nas veias, particularmente acho uma bobagem. Com o final da Primeira Guerra, meus familiares sofreram vários danos financeiros, e perdemos tudo. Carros, fazendas, casas. A nós, só restou um teto e um bebê recém nascido para cuidar. Nasci no início do século XX, no último ano da primeira grande guerra.

Em 1918, Elga, minha mãe, deu à luz um bebê que parecia ter morte certa: eu. Por um milagre, continuei vivo. Os anos passaram, e tentamos sobreviver; e nos saímos bem, algum tempo depois de meu nascimento, minha mãe pariu mais duas lindas meninas, Irma e Apolline. Quando a Segunda Grande Guerra chegou, o medo voltou a atormentar minha família. Eu podia ver o horror nos olhos de minha amável mãe; ah, apavorava-me saber que isso atormentava meu pai. Fui convocado para lutar na grande (não tão grande) batalha de Stalingrado, e mesmo não querendo abandonar meus pais, fui por meu país. Ah sim, já devem imaginar qual seja ele: Alemanha. Sim, fui nazista, mas hoje em dia não sou mais: não há porque, vi que nada daquilo viveria por muito mais tempo. Aquele partido tinha idéias equivocadas, devo admitir, mas não deixo de pensar de como superior é minha raça, pura - apesar de não ter tanta convicção como meus companheiros de batalha. Logo fui atacado brutalmente, e moribundo fiquei naquele campo molhado de sangue. (Se soubesse o que ocorreria, nunca teria ficado em um lugar que tivesse tanto sangue. Ah! Acredite, atrai muitos ratos!) Bem, fiquei lá, desejando a morte, mesmo sabendo que a vida é um milagre e lutamos para estar nela, e devemos lutar para não a deixar, mas... A dor estava insuportável, mas não sabia mais se aguentaria. Havia levado um tiro bem perto da barriga, e não sei como morri na mesma hora. Fiquei agonizando com dor, até que um pouco antes de desmaiar, ouvi alguns passos. O dono deles me retirou daquele local, tinha certeza. Não me vinha mais nada aos olhos, minha visão estava negra e deteriorada. Logo adormeci e, quando acordei, estava em um velho celeiro muito longe de qualquer campo de batalha, provavelmente. Sobre a palha fiquei observando a atmosfera, quando senti sua presença, então uma sensação horrível me veio. Ah, em poucos segundos ele havia me pego e drenado meu sangue, não sabia o que fazer ou dizer e nem tive tempo. E fiquei deitado no chão sujo enquanto ele me olhava com um sorriso na face, aquela antiga e polida face egípcia, que nunca mais me saíra da memória. Não demorou muito até que a dor entrasse em cada poro de minha pele, sentia a carne se desprender, fluídos mal-cheirosos saírem de meu corpo. Ele falou breves palavras de como sobreviveria sendo um ‘bebedor de sangue’ – fiquei imaginando o que seria isso na época, bem, acabei por descobrir no final -, e se foi. Ah! Maldito seja aquele monstro, que nem um bom mestre fora! Duraram dias minha transformação, meu organismo estava fraco; e eu não queria aquilo, sinceramente. Eu desejava a morte.

Logo, era um vampiro, bem poderoso posso dizer hoje em dia, e mal sabia usar meus poderes, engraçado era no principio, acredito.Voltei a minha cidade de nascença, Berlim, e a vi devastada pelo exército Russo. Quando cheguei a minha casa, meus genitores estavam mortos a tiros, e minhas delicadas irmãs, Irma e Apolline haviam sido violentadas brutalmente e mortas. Meu coração doeu. Tirei-os da casa, e os enterrei no jardim. Não era digno para eles, mas era um começo. Decidi que minha vida mudaria a partir daquele instante, e de fato mudou. Não seria mais um homem fraco. Mas estava enganado e me arrependi amargamente por estar. Retirei-me de Berlim o mais rápido que pude e me dirigi a Paris; minha doce Paris, aonde conheci minha primeira e única cria, Angelique du Coudray. Foi quando morri uma segunda vez... Ah, pequena Lolita era ela. Pense bem, 14 anos, corpo de mulher, rosto de menina. Irresistível. Enquanto não a conhecia bem, era mulher cheia de facetas. Pena que sofri em suas mãos, fiz dela uma ser igual a mim, a salvei, mas ela me retribuiu com ingratidão. Nada que o tempo não curasse. Aqui estou, não? Nada que ela me fizesse poderia me tirar o meu novo desejo pela vida.
- Deus morreu - Nietzsche

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É um prazer, Desconhecido.

Não irei falar quem eu sou tão rapidamente, e acredito que talvez só quando
eu terminar a obra de Raphaël, possivelmente eu me apresente, mas ainda não é
algo certo.

Raphaël é um personagem originalmente criado por mim mesmo há
uns anos atrás, foi uma história que eu comecei a escrever como hob, mas devo
confessar que me apaixonei por ela de modo inesperado.

Espero que gostem de minha história.

30/07/07

Raphaël Vigèe-Lebrun;

Ertränkt